Em 2024, o Piauí apresentou um panorama preocupante em relação aos sinistros rodoviários, com um total de 1.544 casos registrados em suas rodovias federais. Dentre esses, 637 foram considerados graves, resultando em um total de 1.685 feridos e 177 mortes. As BRs-343 e 316 se destacaram, concentrando mais de 50% dos sinistros fatais, evidenciando a urgência de medidas para aumentar a segurança viária.
A BR-343, com 688 sinistros ao longo de seus 721,9 km, liderou as ocorrências, sendo 266 considerados graves. O número de feridos chegou a 776, com 56 mortes registradas na rodovia. Já a BR-316, com 511 sinistros em seus 414,9 km, teve 191 casos graves, resultando em 521 feridos e 55 mortes.
Em termos percentuais, a BR-343 concentrou 44,5% dos sinistros no estado, enquanto a BR-316 representou 33,1%. Juntas, as duas rodovias foram palco de 62,7% das mortes registradas. A BR-135 apareceu em terceiro lugar, com 26 óbitos, seguida pela BR-230, que teve 16 vítimas fatais.
Mesmo com um menor número de sinistros, as rodovias de menor extensão, como a BR-235 e BR-226, apresentaram índices de gravidade elevados. A BR-235, por exemplo, teve apenas quatro sinistros, mas metade deles resultou em mortes.
As colisões foram os tipos mais comuns de sinistro, representando 66,41% dos casos. A colisão transversal foi a mais frequente, sendo responsável por 19,95% dos sinistros e 11,86% das mortes. Já a colisão frontal, apesar de menos comum, foi a mais letal, causando 27,68% das mortes.
As principais causas dos sinistros foram atribuídas a falhas humanas, totalizando 74,14% dos casos. A falta de reação do condutor foi a principal causa, seguida por acessos à via sem observação de outros veículos e reações tardias ou ineficientes. O consumo de álcool pelos condutores também foi apontado como fator presente em vários acidentes fatais. A presença de animais na pista também foi relevante, contribuindo para 4,40% dos sinistros e 4,52% das mortes.
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