Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (6), o senador Izalci Lucas (PL-DF) lamentou a tragédia da chuva no Rio Grande do Sul, que causou até o momento 83 mortes e deixou 111 pessoas desaparecidas, segundo a defesa civil do estado. Ele destacou a importância de “prestar atenção ao meio ambiente e ao planejamento das cidades”, além de defender medidas para evitar a burocracia na assistência do governo federal aos municípios brasileiros, especialmente em momentos de crise. O senador defendeu medidas que possam trazer alívio e apoio imediatos para aqueles que passarem pela mesma situação dos 345 municípios gaúchos afetados.
— Nós já assistimos a isso no ano passado, não da magnitude desta semana, mas que afetou muitas regiões no Rio Grande do Sul. Pouco chegou do apoio financeiro que foi prometido durante as visitas feitas pelo governo federal. Eu espero que, com essa decisão agora anunciada pelo presidente Rodrigo Pacheco de que será encaminhada a esta Casa, para aprovação, uma PEC que possa simplificar [a liberação de recursos] — disse.
O parlamentar mencionou um relatório apresentado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) sobre os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul e que, segundo ele, mais uma vez contrastam com a resposta do governo federal.
— A capacidade do governo de subestimar ou subfinanciar sistematicamente a reconstrução e prevenção de desastres é um espetáculo de horrores administrativos e falta de empatia. Segundo a CNM, os dados atuais refletem apenas uma fração dos municípios afetados, indicando uma realidade muito mais grave do que a já desoladora cena que se desenrola diante dos nossos olhos — enfatizou.
Diante das dificuldades enfrentadas pela população e pelos gestores municipais, Izalci defendeu também medidas como anistia fiscal e prazos flexíveis que possibilitem a recuperação das empresas e a manutenção dos empregos na região.