Em pronunciamento nesta segunda-feira (22), o senador Humberto Costa (PT-PE) criticou o ato realizado em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, no domingo (21), no Rio de Janeiro. Segundo o parlamentar, o evento contou com ataques às instituições e à democracia, além de antecipar a campanha eleitoral de 2024:
— É a prática continuada de crimes, uma afronta à Justiça, que se faz hoje com a maior desfaçatez. Foi mais uma tentativa de intimidar o Supremo Tribunal Federal [STF] e de pressionar a corte a não decretar uma eventual prisão do ex-presidente, e de outros, por crimes pelos quais são investigados. Um ato ridículo e deplorável!
Humberto destacou que Bolsonaro enalteceu o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), durante seu discurso. O senador argumentou que Musk tem “tendência fascista”, e ameaça descumprir decisões do Supremo sobre o bloqueio de perfis de golpistas e disseminadores de fake news. Segundo o parlamentar, Bolsonaro e Musk usam o discurso de defesa da liberdade de expressão para minar o regime democrático e agir de acordo com os próprios interesses, prejudicando.:
— O ato nada mais foi do que uma nova tentativa de querer criar outra narrativa para a trama golpista que redundou no 8 de janeiro de 2023. Pretendem desacreditar as investigações, as provas, o trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público e do STF. Querem fazer parecer que a tentativa de empastelar as eleições e impedir a posse do presidente Lula; de prender o presidente deste Congresso Nacional e ministros do Supremo; de decretar estado de defesa ou de sítio e de submeter as Forças Armadas a esse movimento foi coisa menor e sem importância. É isto que pretendem aqueles que lá estavam ontem e outros seguidores.
O parlamentar também lamentou os ataques sofridos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante o ato. Pacheco foi chamado de “frouxo, covarde e omisso” pelo pastor Silas Malafaia. O senador ressaltou que o posicionamento de Pacheco durante os quatro anos do governo anterior foi importante para o país, já que o presidente da Casa deu o apoio necessário para que a CPI da Pandemia ocorresse.