“O combate ao incêndio florestal precisa ser colaborativo, então capacitar estas pessoas é como garantimos uma ação ainda mais eficiente contra o fogo. Ao final das capacitações, temos profissionais altamente qualificados que contribuem para o nosso trabalho. Muitos incêndios florestais são evitados graças ao trabalho de primeira resposta dos brigadistas”, afirmou a comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), tenente-coronel Pryscilla de Souza.
Os brigadistas, civis e militares, capacitados pelo Corpo de Bombeiros Militar receberam instrução sobre técnicas seguras e eficazes de prevenção e combate aos incêndios florestais. Assim, estão preparados para atuar rapidamente na primeira resposta ao fogo.
As capacitações foram realizadas em 34 cidades, do Estado do Mato Grosso, sendo Nobres, Rosário Oeste, Nossa Senhora do Livramento, Barão de Melgaço, Cuiabá, Poconé, Itiquira, São José do Povo, Guiratinga, Rondonópolis, Primavera do Leste, Poxoréu, Santo Antônio do Leste, Gaúcha do Norte, Juscimeira, Campo Verde, Nova Mutum, São José do Rio Claro, Diamantino, Nortelândia, Alto Paraguai, Lucas do Rio Verde, Barra do Garças, Querência, Porto Alegre do Norte, Cáceres, Brasnorte, Sapezal, Castanheira, Paranaíta, Alta Floresta, Nova Monte Verde e Carlinda.
Além desses municípios, o Corpo de Bombeiros ainda capacitou 120 brigadistas de Aragarças, em Goiânia.
“Essas são cidades historicamente mais atingidas pelas chamas, por isso se tornou necessário levar esta capacitação para estes locais. Capacitamos desde brigadistas civis para compor as brigadas municipais a militares do Exército Brasileiro e membros de sindicatos rurais”, explicou a comandante.
Além da capacitação, o Corpo de Bombeiros também fez ações educativas em mais de 125 escolas no Estado e em 37 comunidades rurais. Essas ações alcançaram mais de 22 mil pessoas, entre alunos e moradores dessas localidades, tendo como foco principal a disseminação de informações sobre a importância da preservação ambiental e das medidas adequadas para evitar a combater incêndios florestais.
A estiagem severa e baixa umidade do ar têm contribuído para a propagação das chamas e o Corpo de Bombeiros pede que a população colabore e respeite o período proibitivo.
Outras ações
Desde o início do ano, o Governo do Estado tem atuado de forma integrada em ações preventivas contra os incêndios florestais. São R$ 74,5 milhões para o combate de crimes ambientais, dos quais R$ 30,9 milhões são exclusivamente para combate aos incêndios.
O recurso garante a locação de quatro aviões pela Defesa Civil Estadual, contratação e capacitação de brigadistas, queimas prescritas em unidades de conservação estaduais, cursos de capacitação para os militares e ações de fiscalização por uso irregular do fogo.
Além disso, o Estado fez uma série de ações preventivas no Pantanal, como o mapeamento de pistas de pouso, construção de aceiros na Transpantaneira (MT-060) e açudes para instalação de poços artesianos e para serem usados como bebedouros para os animais da região.
Período proibitivo
No Pantanal já está proibido o uso do fogo para manejo e limpeza de áreas na zona rural até 31 de dezembro. Na Amazônia e Cerrado, a proibição começa em 1º de julho e termina em 30 de novembro. Em áreas urbanas, o uso do fogo é proibido durante o ano todo. Os bombeiros orientam que a população denuncie qualquer indício de incêndio pelos números 193 ou 190.