Aviões militares de Israel atingiram o consulado do Irã em Damasco, na Síria, matando Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã, e um número ainda incerto de outras pessoas. A ação faz parte de uma investida do governo de Benjamin Netanyahu contra parte do mundo árabe. A Guarda Revolucionária do Irã anunciou que sete de seus membros, incluindo três comandantes, morreram no bombardeio israelense. Entre os mortos, destacam-se também Mohammad Hadi Haji Rahimi, o segundo no comando de Zahedi, e outro comandante sênior. Todos eram integrantes da Força Qods, o braço de operações exteriores da armada iraniana.
O governo iraniano imputou a Israel a responsabilidade pelas consequências do ataque ao consulado em Damasco. De acordo com o relato do ministro de Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, durante conversa telefônica com o ministro de Relações Exteriores da Síria, haverá resposta. Dessa forma, preliminarmente, o governo do Irã considera que o alvo era Mohammad Reza Zahedi.
Consequências da ação
O governo iraniano considera o ataque ao consulado em Damasco uma violação flagrante de todas as convenções internacionais, especialmente da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961. O ministro de Relações Exteriores do Irã condenou veementemente o ataque e insinuou possível desdobramento das tensões na região.
Um porta-voz militar de Israel absteve-se de fazer comentários sobre as notícias na mídia estrangeira. Entretanto, o jornal americano The New York Times afirmou que entrevistou quatro autoridades israelenses. Sob anonimato, elas confirmaram a execução do ataque, sem, no entanto, corroborar a morte do comandante.
O canal de TV estatal da Síria confirmou o ataque ao prédio do consulado. Adicionalmente, a mídia do Irã reportou que um edifício próximo à embaixada também foi atingido, com a agência de notícias dos estudantes iranianos alegando que os alvos eram tanto o consulado quanto a residência do embaixador.