O Observatório da Discriminação Racial no Futebol comemora nesta quinta-feira 10 anos de luta por um futebol sem preconceito. Para marcar a data, a CBF lançou nesta quinta-feira o programa “Professoras Pretas˜.
Criado em 2014, o Observatório é uma referência para que o futebol brasileiro se torne um local mais inclusivo e sem preconceito. O grupo edita anualmente o Relatório da Discriminação Racial, que recentemente passou a tratar, além de crimes de racismo, casos de preconceito e discriminação como machismo, lgbtfobia e xenofobia.
“Hoje é uma data especial e gostaria de parabenizar Marcelo Carvalho pelos 10 anos do Observatório da Discriminação Racial no Futebol. Essa parceria nos orgulha muito e queremos cada vez mais ajudá-los nesta luta”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o primeiro dirigente negro e nordestino a presidir a entidade em mais de um século de história.
Marcelo Carvalho ao lado do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF
Ele foi eleito em 2022, ano do início da parceira da CBF com o Observatório. Desde então, a entidade lidera uma série de projetos e ações de combate ao racismo no futebol. A CBF é a primeira entidade nacional a incluir punição esportiva em casos de racismo.
“Estou emocionado com os 10 anos do Observatório e pelas conquistas que conseguimos com todos os parceiros que encontramos no meio do caminho, e, principalmente, por ver que hoje o futebol cada vez mais dialoga sobre combater racismo e outras formas de preconceito e discriminação”, afirmou Marcelo Carvalho, idealizador e principal executivo do projeto.
Programa Professoras Pretas
Créditos: CBF
PROFESSORAS PRETAS
Ednaldo Rodrigues anunciou nesta quinta o “Professoras Pretas”, o programa que reforça o compromisso da CBF de incentivar cada vez mais a participação de mulheres no futebol e de desenvolver o futebol feminino. Neste ano, o projeto será destinado exclusivamente a treinadoras, promovendo a equidade racial e a igualdade de gênero, e abrindo espaço e oportunidades para que mulheres pretas possam ocupar lugares historicamente negados no futebol e na sociedade.
“A intenção é incentivar a inserção, cada vez maior, da mulher no futebol. Essa é uma bandeira da nossa administração”, completou o presidente da CBF.
Assim como fez no masculino em 2022, a entidade convocará treinadoras de diferentes regiões do país para obter a preparação e as licenças da CBF Academy, braço educacional da entidade. As licenças são pré-requisitos para as treinadoras evoluírem na carreira.
A iniciativa se soma a outras ações em curso, como os torneios femininos de base nos estados, financiados pelo CBF Transforma, e reforçam o pleito brasileiro de sediar a próxima Copa do Mundo Feminina.
O edital do programas “Professoras Pretas” será publicado nos próximos dias, no site da CBF e da CBF Academy.